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domingo, 4 de fevereiro de 2018

Ciclo

Sinto que estou vivendo um ciclo, sem fim eu diria.
Por um momento pensei que haveria superado meus demonios.
Meus demonios é como eu chamo meus medos, angustias e frustações.
Eu estava indo muito bem, estava cuidando de mim.
Mas daí ele voltou de novo, e eu percebi que ainda existia amor.
Pelo menos pensava que ainda houvesse, então eu aceitei.
Porém havia eu entrado em uma nova guerra.
Conto nos dedos os momentos em que realmente estive feliz.
Ele nem se fala, sua cara já diz tudo. Ele não me ama mais.
O que eu não entendo é por que não consigo encerrar tudo.
A gente tenta todo dia, toda semana, não dá.
Eu o amo de todo coração, eu desejo, eu quero, eu sinto...
Ele... Ele não é mais o mesmo, vejo nosso fim se aproximando.
Então sinto, sinto cada demonio ressurgindo dentro de mim.
No momento da reconciliação, reviveu dentro de mim todos os sonhos.
É, tenho sonhos, os mais lindos possiveis, prestes a ser novamente destruidos.
Um por um, esmagados, de novo, mais uma vez.
É como uma ferida, quanto mais mechemos nela, menos ela sara.
Essa minha ferida está infeccionada, eu havia dado pontos, mas arrebentaram.
O único remédio seria o amor dele, mas não existe...
Vou sofrer um pouco, talvez muito, mais ela vai sarar.
A verdade é que escrever o que sinto alivia um pouco desse peso que carrego nas costas.
Eu temo o futuro, a solidão, eu temo a mim mesma.
Não queria regredir, estava indo tão bem, e agora sinto...
Sinto o inferno se aproximando, não sei se sou capaz de enfrentar tudo.
Tudo de novo, mais uma vez, demonios, dores, noites sem dormir.
Nem sei se minhas lagrimas são suficientes, não sei mais o que fazer.
Só me resta aceitar, sofrer calada e quem sabe um dia...
Um dia, tentar, levantar, superar, e seguir em frente.