Júlio era engraçado, divertido, sorridente, ensinava a matéria muito bem, era dedicado em relação aos seus alunos e eram poucos os que reprovavam em sua matéria. Ele dava três provas por trimestre e o resto das notas eram trabalhos, seminários e etc., ou seja, todos os alunos o amavam, menos João Pedro. Esse garoto não queria saber de nada, a sua vida era resumida em festas, garotas, bebidas e outros absurdos.
Júlio até que tentava, mas João Pedro era difícil, nenhum
professor conseguia fazer com que ele se interessasse por uma aula sequer. João
era muito mimado, não aceitava um "não" como resposta e se o
contrariassem, seus pais resolveriam o problema por ele e foi exatamente isso
que aconteceu.
Já era fim de ano
e João Pedro foi o único que ficou em recuperação. Passaram as duas semanas e
veio o resultado: ele teria que repetir o ano em Geografia, matéria dada pelo
professor Júlio. A família de João não se conformou e foi até a escola para
tentar fazer com que o professor voltasse atrás e fizesse com que o garoto
fosse aprovado, mas obviamente a resposta foi "não".
Aquela foi a gota
d'água. Como aquele professorzinho ousava em ir contra as ordens da família de
João? Mas ele iria mostrar quem é que manda. João e mais a sua turma foram
atrás de Júlio e o bateram, mas pouparam a sua vida. Júlio continuou se negando
a aprovar o jovem. Irritado por um professor enfrentá-lo, o pai de João mandou
matar o professor e assim foi feito.
Até hoje o crime
não foi provado por ter sido muito bem planejado, mas o que importa e o que
mais assusta é a pergunta que não quer calar: até quando a violência contra
professores continuará? O Brasil aguarda respostas.
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